22 de agosto de 2009

Para Antonio Bunchaft, diretor do Centro de Estudos Socioambientais (Pangea), o lixo hoje significa potencialidade, energia e geração de postos de trabalho dos mais rudimentares aos mais complexos. “A questão do lixo é um problema mundial. Mas existem cada vez mais tecnologias para tornar esse problema um recurso, uma potencialidade. No Brasil, esse processo está em crescimento. Porém, o que é importante observar é a necessidade fundamental de associar todo esse vasto parque de tecnologias de tratamento do lixo com a inclusão social.”
O Brasil recicla aproximadamente 1,5 % do lixo sólido orgânico urbano. No caso da resina PET, o percentual cresce para 15%, mas os maiores percentuais estão na reciclagem de latas de aço e das embalagens de vidro (35%), do papel e papelão (36%), da produção nacional de latas de alumínio (64%), e de papel ondulado (71%). Para a realização desse trabalho é fundamental um processo educacional para o recolhimento, previamente separados na origem, de materiais potencialmente recicláveis, como papéis, plásticos, vidros e metais.
Após a coleta seletiva de lixo, o seu beneficiamento, como enfardamento e acúmulo para comercialização, é vendido à indústria recicladora que o transforma em novos materiais. Apesar de tramitar um projeto de lei no Congresso Nacional há mais de dez anos, ainda não existe no Brasil uma política nacional de resíduos sólidos. Em virtude disso, alega Bertrand Sampaio da organização ambientalista Associação Pernambucana de Defesa da Natureza, a reciclagem é o mais incentivado representante dos 3Rs. “As indústrias e o comércio consideram que a reutilização, e sobretudo a redução, têm forte impacto no consumo. Já a reciclagem não, pelo contrário, potencializa o mercado, uma vez que barateia a obtenção dos materiais recicláveis onde os catadores são os maiores contribuintes e os mais explorados dessa nova cadeia produtiva.”

Fonte:
http://www3.atarde.com.br/especiais/econegocios/hp/lixo.htm

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